sábado, janeiro 01, 2011

Meses de Corrida Empastados

Finalizada a época de Triatlo em Setembro com as férias nas Baleares, ainda penso em fazer as duas Maratonas de Inverno - Porto e Lisboa.
Sem grande vontade e motivação para ir treinando, ainda corro a Corrida do Aeroporto e os 20km de Almeirim para ver se a coisa de recompõe, mas pouco há a fazer: a do Aeroporto é demasiado curta para me deixar alguma sensação de boa disposição, e em Almeirim corro mais de 10km com uma bolha enorme na planta do pé, e que me retrai o resto do treino que necessitava para os 42 do Porto.

A Maratona do Porto calha por isso numa fase de muita balda e desilusão. Corro-a sem grandes pretenções, e mesmo depois de uma passagem em 1.35 à Meia, o corpo rebela-se com a falta de treino, obrigando-me a um longo regresso à meta, num misto de sofrimento e retratação.
Na meta consigo dois feitos assombrosos: o recorde negativo numa Maratona, e uma tendinite do joelho direito que me empurra o resto do ano para a paragem total, apenas pontuada por algumas corridas de pequena monta e idas esporádicas à piscina. Antes do fim do ano, e ainda com o joelho "empastado", deixo-me levar pela vontade de correr a S. Silvestre de Lisboa, terminando num miserável tempo aos 10km, talvez para me recordar do que tenho de fazer para voltar a não me arratar nas aventuras pensadas para 2011.


Resultados:
Corrida do Aeroporto (10/Out) 8.9km - 37.11
20km Almeirim (23/Out) - 1.35.01
Maratona do Porto (7/Nov) - 3.43.50
S.Silvestre Lisboa (26/Dez) - 43.55

sexta-feira, outubro 01, 2010

70.3 Baleares - Parte II

I CAN TRIATHLON Maiorca - 18/Setembro/2010
1.9/90/21.1 - 5.29.28

Com apenas seis dias de descanço desde o Extreme Man na ilha vizinha de Menorca, a opção foi claramente efectuar uma prova na defensiva. O percurso era mais complicado, com a natação num mar muito ondulado devido à tempestade que se abateu durante a noite da prova, e que poupando o sul da ilha, trouxe no entanto bastante vento, que iria também complicar o andamento do ciclismo, bem mais desnivelado que o de Fornells.
A organização esteve mais uma vez bem, pois ao contrário da prova anterior, esta iria centrar-se na zona mais caótica de toda a ilha, ou seja, a Praia de Palma e Arenal. A natação foi toda efectuada como estivessemos numa maquina de lavar, com a ondulação a não deixar a progressão fluir, e a obrigar a um esforço maior na orientação. Mais uma vez fomos para a água sem fato (ainda bem...), mas à passagem pela última boia volta a desviar-me da melhor rota perdendo alguns lugares antes de atingir o areal, desta vez em 35º.
Na bicicleta lá fui andando sem grandes ganas, até porque ainda sentia nas pernas as 5 horas e picos de esforço do Domingo anterior. O estomago resolveu também revoltar-se, e foi com dificuldade que lá fui metendo liquido no organismo, servindo este troço para passear os sacos de gel que havia levado. Os quatro minutos a mais em relação a Menorca acabam por nem ser muito maus, levando em conta as subidas, vento, e alguma chuva que levei durante o percurso.
A corrida, duas voltas a um percurso ao longo da enorme Baia, e com algumas subiditas pelo meio, lá se faz como se pode. A segunda volta é mesmo um verdadeiro inferno, tendo mesmo feito os últimos 5 kms em défice glicémico, com algumas tonturas, e baixa significativa no ritmo de prova. Ter feito apenas mais 7 minutos que em Menorca acabou por nem ser muito negativo, e foi com grande satisfação que me fiz à meta, terminando a época de Triatlo da melhor forma.
O balanço desta incursão pelas Baleares foi claramente positivo, apesar da baixa de forma significativa desde Copenhaga, ou não fosse o Ironman o destaque principal da época. Cinco provas durante a época na distância deixam-me vontade de me dedicar quase em exclusivo às 70.3.
Agora vem aí o Inverno, que espero ser de grande actividade, com pelo menos três Maratonas até aos primeiros Triatlos LDs, lá mais para o final de Março...

quinta-feira, setembro 30, 2010

70.3 Baleares - Parte I

ExtremeMan 113 Menorca - 12/Setembro/2010
1.9/90/21.1 - 5.22.30


No passado mês de Maio, e com a época já bem avançada e Copenhaga no horizonte, aparece-me esta prova na ideia, tornando-se rapidamente numa excelente forma de finalizar a época, aproveitando a mesma para umas pequenas férias com a familia na única das ilhas baleares que ainda não conhecemos. Ainda fico hesitante entre esta, e a que se anuncia uma semana depois em Maiorca, o I Can Triathlon, também com distâncias 70.3, mas acabo por colocar um desafio: fazer as duas com 6 dias de diferença. Comecemos então por Menorca.
O Triatlo, muito bem montado desde a chegada dois dias antes à ilha, irá decorrer junto à Vila de Fornells, conhecido porto de pesca e de embarcações de recreio. É na sua extraordinária baia que nos lançamos à água para o primeiro dos segmentos, mal o sol raiou, mas sem fato e temperatura da água a 24º. A natação corre-me bem, apesar de me ter desviado da rota correcta já perto do final, o que me custaria perto de dez posições à saída da água (terminei em 29º), coisa sem interesse pois o dia seria longo.

No ciclismo, e depois de uma imposição da policia local, o circuito é delineado dando três voltas ao mesmo, em estradas estreitas e rurais, num percurso não muito acidentado, mas ondulado o suficiente para nos obrigar a uma constante mudança de ritmos. Faço 2.49, numa prova sem qualquer drafting, e que lá me leva de volta a Fornells onde decorrerá a meia maratona final de corrida, com uma temperatura já acima do 30º.

A corrida, três voltas e meia a um percurso plano, mas com uma importante e desnivelada subida de 300 metros à Torre de Fornells (que serviu no passado com defesa britânica da ilha), lá deixou as suas marcas em todos, tendo apenas três atletas baixado da 1.30 (!!), indicativo quiçá de uma distância mal medida. Corro praticamente o percurso todo - ok, na subida à Torre lá vamos quase todos a andar... -, e termino em 5.22, um resultado que mediano, para quem há quatro semanas não fazia mais de hora e meia de treinoUma prova de qualidade, bem organizada, num local magnifico para veranear, e que no futuro poderá voltar a fazer parte dos planos...

segunda-feira, agosto 23, 2010

Quando os erros se acumulam...


Challenge Copenhagen - 15/Agosto/2010
3.8 Nat / 180 Cicl / 42.2 Cor - DNF


O editorial da recente Triathlete's World de Setembro, fala que nada substitui a experiência. Comigo, e ao final de 14 anos de provas de Ironman, posso dizer que a experiência apenas serve para se irem cometendo os mesmos erros vezes sem conta.
A preparação para Copenhaga, apesar de tardia posso considerar que foi a mais certa. Se até finais de Maio poucos kms tinha ainda nas pernas, os dois meses e meio que distanciaram a prova de Aveiro da de Copenhaga serviram essencialmente para colocar o corpo em condições da mais desafiante aventura que podemos ter na condição de triatleta. Uma pequena paragem apenas no Triatlo de Vila Viçosa, no meu primeiro Olímpico em seis anos, lá consegui a concentração suficiente para treinar os kms necessários para este Ironman.
Quando julgava que tudo estava feito, com treinos extraodinários de ciclismo e corrida, e a nadar ao nível de 1997/98 (os meus melhores anos), eis que em plena viagem cometo erros atrás de erros. Começa logo em Lisboa, numa escolha absurda de timing, com a viagem para Copenhaga no voo da noite de Sexta-feira. Uma estupidez, pois faço dessa sexta um dia absolutamente fatigante, que começa em Lisboa ao não conseguir lugar para o carro em nenhum dos parkings do aeroporto, e ter de deixar o carro numa rua dos Olivais, e ter de transportar a mala da bicicleta até ao embarque. Quando me deitei no minusculo e abafado quarto de hotel que escolhi meses antes, e que dividi com os colegas de aventura Sérgio Oliveira e Pedro Bento, já passava da Meia-noite.
No Sábado a coisa não correu melhor. Num dia que deviamos tirar para descansar, gasto-o todo num corropio, que começa com a montagem da bicicleta, ida ao local de levantamento de dorsais antes que encerre, e acaba com uma monumental molha à hora tardia em que entreguei a bicicleta na 1ª transição, e que apenas aconteceu porque em vez de ir logo à 14h entregar a mesma (como estava no regulamento para o meu dorsal), faço a mesma quase às 18h, num fim de tarde e noite em que se abateu em Copenhaga um autêntico dilúvio (a organização ainda pensou cancelar a prova!!!).
Como a desgraça ainda não tinha acabado, e depois de passar 3 horas na véspera da prova metido em roupa encharcada, acabo por desenrrascar um jantar trazido de uma Junk Food, e chegamos à conclusão que afinal o hotel não vai abrir as portas do pequeno almoço mais cedo, deixando-nos "apeados".
O dia da prova, numa noite quente e húmida, que quase não me deixou dormir, acordando várias vezes "enssopado" em suor, começa bem: sem pequeno almoço - lá arranjei uma sandes, um sumo e uma banana (!!) -, e desidratado da noite anterior. Como se não bastasse, perco (juntamente com algumas dezenas de atletas) uma ligação do metro com a zona de partida, e quando ai chego tenho apenas 40 minutos para preparar a mesma, e faço tudo a correr...
A natação não me corre nada mal, apesar do erro organizativo de colocar todas as mulheres na 2ª saída, o que atrasou o ritmo de quem saiu comigo na terceira, e que muitas ultrapassagens teve que fazer. Com 58.30, acabei por não estar mal, e quando peguei na bicicleta praguejei mais uma vez, pois tinha voltado a chuva, e as estradas já estavam outra vez ensopadas. O ciclismo corre no entanto muito bem, como aliás já estava à espera, e as 5.38 apenas pecam por ter tido de tirar o pé do acelarador com medo de um estoiro monumental. Quando começo a correr, tenho a melhor sensação até hoje num Ironman, com o corpo a desenvolver logo num bom ritmo, e a energia a entrar bem no estomago a cada passagem nas aid-stations. A meio da prova, e apesar de ter ido ao "grego" aos 17km, ainda vou em ritmo de 10h30m, mas os kms seguintes são o começo do fim. Esse fim deu-se já perto dos trinta, na última das três voltas de corrida, e acabou na tenda médica com dois litros de soro, em mais um dia miserável.

Uma prova tão longa e tudo acaba tão depressa...

quinta-feira, junho 03, 2010

São Jacinto: Terceiro 70.3 do ano

Triatlo Longo de Aveiro - 30/Maio/2010
1.9/92/21.1

Ainda me parece um sonho: em finais de Maio já conto com 3 Triatlos 70.3!
Este foi o primeiro em que me fiz à meta sem a sensação que ali estive apenas para o acabar. Apesar de não ter começado ainda a colocar quilómetros a sério, a verdade é que os 40 minutos de diferença que fiz de Porto Santo, e os treze de Lisboa, e sabendo que esta prova foi bem mais dificil, me deixam claramente motivado para o grande desafio do ano em Copenhaga.
Desta feita tudo fluiu de melhor forma, apesar de ter passado o cabo dos diabos a partir dos 60kms de ciclismo, com as costas a não me deixarem lutar dignamente contra o maldito vento que se levantou logo pela manhã. A natação, talvez um pouco mais curta do que o previsto, foi apenas um passeio no parque, navegando atrás dos pés de quem ia puxando pela meia dúzia de atletas que seguiram no meu grupo, o suficiente para sair da água como se nada se tivesse passado nos primeiros 27 minutos de prova.

O ciclismo, desta feita sem gente a agarrar-se à "mama" (como o gigantesco grupo que passou por mim no fim da primeira volta em Lisboa), foi um exercicio de boa condução, apesar de na quinta das dez voltas ter parado perto de dois minutos com uma dor de "espalda" arrasadora. Ainda pensei se valeria continuar, mas a paciência é amiga da malta que anda nestas coisas mais longas, e acaba sempre por compensar mais para a frente quem possui este dom.

O final de ciclismo seria o alivio possível, não fosse o meu corpo ter desta feita aguentado firme toda a Meia-Maratona a correr. Ainda pensei no pior ao passar pelo abastecimento à saída do ciclismo e notar que a organização não havia trazido cola. Como o seguro morreu de velho, e estando nestas andanças há tempo suficiente para saber que ninguém da organização local, ou sequer da Federação percebem disto, lá me valeu a esposa que foi buscar uma litrada de coca-cola a um café, e que me foi abastecendo à passagem pela "aidstation". No final, e considerando o vento e o calor que se fez sentir, São Jacinto já me deixa saudades. Que haja mais para o ano...

domingo, abril 25, 2010

O Médio da Expo, finalmente...

Triatlo Longo de Lisboa - 24/Abril/2010
1.9/90/21.1 - 5.25.17


Ao fim de cinco edições, fiz finalmente do Triatlo de Lisboa, prova de distância média, e que nos primeiros anos de vida desconfiei que alguma vez pudesse ter viabilidade e sequer algum sucesso. De facto não podia estar mais enganado, e a confiança que me deu a edição de 2009, em que assisti finalmente a uma prova com as distância certas (70.3), provocou a vontade de não me escapar este ano.
Em anos passados dificilmente me teria feito à prova. Quatro semanas apenas de diferença da prova da mesma distância em Porto Santo, lanço-me às águas conspurcadas da Baia do Oceanário bem mais afoito do que o passeio a que me sujeitei na pequena ilha madeirense. A natação corre-me bem melhor, com o meu novo Helix em estreia - e ainda bastante "apertado":) -, e um pouco mais de consistência na distância. Na transição a primeira grande preocupação: ao retirar o fato, uma enorme cambria no gémeo esquerdo faz-me ficar mais de quatro minutos do P1, e dá-me um problema para as restantes cinco horas de prova. Em seguida, as quatro voltas de 22km de bicicleta são bem consistentes, sem quebras, bem nutridas, e a ver passar por mim muita gente com o vicio de chupar as rodas dos outros. Quase vinte minutos menos que em Porto Santo não são demonstrativos no entanto do pouco treino que fiz nestas quatro semanas, e enganam por estarem ainda longe do que na realidade poderei fazer. No espectacular percurso de corrida é que a pintura se borrou toda. O corpo tinha já esgotado a energia para queimar, e andar foi uma opção mais frequente do que estava à espera. À passagem pelos 10km, e com a cabeça também a bater no fundo do poço, opto pela única opção possível para terminar a prova: uma barrigada de fruta e cola, e um descanço forçado de quase 10 minutos a andar. Os restantes 10 km que faltavam foram já feitos a bom ritmo, ultrapassando muitos que entretanto me haviam passado, e tirando 25 minutos ao tempo de Março.Uma alegria grande, muito grande, e que espero continuar a ver repetida nos tempos próximos.

terça-feira, março 30, 2010

Na Kona Portuguesa

Triatlo de Porto Santo - 28/Março/2010
1.9/90/21.1 - 5.50.22



Comparar a ilha havaiana com a de Porto Santo não é de certeza reflectido, mas se o pessoal do Triatlo na Madeira der continuidade no futuro à prova, bem podemos dizer que esta será a nossa Kona. Sem trocadilhos...
Uma ilha demasiado pequena para se organizar um Triatlo de meia distância (seis vezes o circuito de ciclismo, e logo eu que comparo as provas curtas em Portugal a voltinhas ao coreto), dá no entanto numa competição interessante, pois as escassas seis centenas de atletas cabem perfeitamente sem que se dê conta de drafting, o grande problema das provas demasiado atafulhadas.

Falando da minha prova, e com viagem já marcada há quase quatro meses, um Inverno da treta que atrasou a preparação (em especial no ciclismo), e a não ida a Valência onde deveria ter corrida a Maratona em Fevereiro e que serviria para lançar em definitivo a época, lá me fiz a Porto Santo, directamente de Lisboa porque já conheço o Lobo Marinho, e ir pelo Funchal e ir ao grego na véspera da prova não é coisa de gente sã.
Fiz por isso o que podia fazer: uma natação calminha - só manchada pela passagem de um dos tentáculos de uma caravela portuguesa pelo pé esquerdo, e que me deixou a dôr durante as duas horas seguintes -, um ciclismo relaxado, e um corrida que a bem dizer foi muito andada, não porque me faltasse o combustível, mas porque a falta de treino e o ainda peso excessivo do corpo não me deixavam fazer melhor. Chegar ao fim foi reconfortante, mesmo sabendo que foi de longe a pior performance na distância, mas compensando a minha não ida em 2009, depois daquela estupidez que foi trocar a prova para o dia 1 de Março.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Segundo Semestre de 2009


Pois neste dia de Natal, e tendo atravessado uns últimos meses de deserto, necessito rapidamente colocar-me de pé e seguir para um ano de 2010, que espero que seja dos melhores que arrancarei.
Este semestre de 2009 começou mal, com uma desistência na prova mais importante do ano, ou seja, o Ironman Zurich. Num dia espectacular para uma prova do género, com o sol escondido, e tempo fresco, não consegui aproveitar aquilo que me foi dado de bandeja. Uma natação qb, e um ciclismo que até aos 150km superava a minhas expectativas, terminou num dia para esquecer, se é que alguma vez nos conseguimos esquecer destes dias. Ainda fui até final do ciclismo, mas correr com o estomago já fechado não dava. E assim fechei mais uma crónica negra da minha relação com a distância.
O resto do Verão, ou seja, o mês seguinte, foi aproveitado para fazer cinco das oito provas do Circuito de Natação de Mar do Algarve, uma experiência nova, que me levou às provas da Praia da Rocha, Quarteira, Alvôr, Altura e Armação de Pêra. Terceiro lugar final no escalão 36/40, com uma segunda posição como melhor na prova de Quarteira. Depois disso mergulhei numa letárgia que me trouxe até final de Dezembro com muito pouca actividade: dois a três treinos por semana, daquilo que me vier à bolha...
Entretanto a época de 2010 já começou. Inscrições e viagens já pagas para Maratonas, Meios Ironman, deixando ainda em aberto a possibilidade de voltar à distância mítica. Se a vida assim me deixar...

quinta-feira, maio 28, 2009

Metade de Ironman

Half Challenge Barcelona-Maresme - 24/Maio/2009
1.9/90/21.1 - 5.24.26





Falhando no mês de Abril a participação no Half de Lisboa, em grande parte devido à falta de quilómetros sucedida no mês que se seguiu à Maratona de Barcelona, lá consigo preparar nas últimas 5 semanas esta prova, primeira organização de um Challenge na Costa Brava catalã. Não caindo no erro de efectuar a longa viagem de automóvel que outros portugueses fizeram, chego ao dia da prova relativamente relaxado e preparado para a longa prova que me esperava. Parto com calma na natação, sem puxar demasiado, mas termino por realizar um esforço enorme dentro de água, com o mar demasiado picado para o meu gosto, chegando à praia com mais cinco minutos do que seria o meu tempo natural (32.55). Depois uma demorada transição, e uma saída cautelosa no ciclismo, que me leva a perder muitos lugares logo nos primeiros 20km. A única subida da prova, com cerca de 11 km, demonstra-se afinal enganadora, pois nunca tiro a talega, indo sempre a 30 km/h. De volta à marginal, já perto dos 47 km, começa o festival de drafting, com grupos de mais de uma centena de atletas e sem ninguém com coragem para os penalizar. E enquanto os resultados de toda a gente se tornam efectivamente enganadores neste segmento, acabo por não apanhar nenhum combóio até muito perto do fim, o que me deixa feliz por me ter recusado à "batota". As 2h 44m do ciclismo, dão-me motivação para os próximos desafios, pois na transição para a corrida não estou demasiado em baixo. A corrida foi apenas uma viagem até à meta, impondo um ritmo confortável, e parando em todos os abastecimentos. Esta foi sem dúvida a melhor sensação que tirei em Calella: saber que o estomago aguentou tudo o que lá meti, e que o organismo aproveitou para não ter quebras e inclusivé realizar a segunda parte bem mais rápida que a primeira. Agora é tempo de pensar em Zurique...

domingo, março 29, 2009

Estes 12 estão cada vez mais lentos

12km Salvaterra de Magos - 29/Março/2009
12km - 50.57




Em fim de semana sem provas marcadas, e com esta mesmo ao lado de casa, o melhor seria mesmo aproveitar para efectuar um pequeno treino, e efectuar a sessão de qualidade da semana precisamente com uma competição. A ideia era em teoria boa, mas as falhas de treino que ocorreram durante a semana, fizeram com que esta ida a Salvaterra de pouco tenha servido, até porque me impediu de fazer uma saída longa de ciclismo neste Domingo, e que bastante falta me fará dentro de quatro semanas no Half (ou médio, ou seja lá aquilo que lhe chamam...) de Lisboa. O ritmo que queria impôr não era muito mais rápido do que o que fiz (pelo menos nos primeiros 8 kms, com média de 4.10), mas acabou por ser mais pesado no corpo do que devia. Para a semana que vem , de volta ao Triatlo, uma ida até Quarteira para umas voltas ao quarteirão. Pode ser que com melhor tempo.

quarta-feira, março 25, 2009

Em Alpiarça Onze Anos Depois

Triatlo do Ribatejo - 21/Março/2009
750m Nat/20km Cicl/5km Cor - 1.16.48




Onze anos foi o que tive de esperar para voltar a mergulhar nos Patudos para uma prova de Triatlo, que nos anos 90 chegou a ser a mais bem disputada no nosso país. Com uma distância reduzida a metade (tipica da política em que a modalidade mergulhou), e uma ida no ciclismo até Santarém (onde se corria e terminava), a prova não deixou de ser um óptimo espectaculo, com quase três centenas de atletas, ou não fossem os êxitos da Vanessa suficiente chamariz para duplicar e triplicar o número de participantes do Triatlo.
Quanto a mim, o banho não podia ter sido maior. A vontade de fazer um Triatlo era maior que a minha vontade de não levar um bigode. Feitas as contas no final da prova, nem me parecia que tivesse andado assim tão mal: perdi uns 30 lugares no ciclismo (vitima dos poucos treinos que tenho feito) e na corrida nem me tinha arrastado. Só no dia seguinte ao consultar as classificações noto que fui 145º (!!), tendo saído da água em 120º (!!) Que raio!? Será que o pessoal está assim a nadar tanto, ou sou eu que já lá não vou? (Faz agora onze anos fui o sexto à saída da água). Para todos os casos fica um regresso que me deu especial prazer, apesar deste Triatlo já não ser o meu, a modalidade ter mudado radicalmente, e já só por lá andarem umas duas escassas dezenas de pessoal da velha guarda.

quarta-feira, março 11, 2009

De volta aos grandes desafios

Maratón de Barcelona - 1/Março/2009
42,195 km - 3.27.03



Voltei! Não que tenha sido um grande regresso, mas o prazer de terminar uma prova como a Maratona, vai de certeza dar alento a novos desafios. A maratona de Barcelona foi o que pôde ser, e não posso deixar de estar contente em ter trazido a medalha. O dia 1 de Março há muito que estava programado para ser dia de Maratona de Barcelona, por isso ainda em Dezembro pago inscrição, viagem e hotel. Para que não dê para voltar atrás. Pelo meio ainda estava prevista a passagem pela Maratona de Badajoz, que se tornaria durante o mês de Janeiro, apenas um local de teste. O que aconteceu depois, é com o que temos de viver em programas do género: um movimento mal feito no segundo dia de Fevereiro deixa-me sem correr e aflito da minha discopatia lombar por quase duas semanas, e é a custo que ainda consigo realizar já em cima da Maratona dois treinos de 2 horas que no entanto me deixam motivado para ir à Catalunha correr mais uma. E ainda bem, pois caso não me tivesse inscrito na prova, teria quase de certeza rumado a Porto Santo, onde a nossa federação de Triatlo impôs na mesma data um Half Ironman. Para além da data inconveniente, acresceu ainda o facto destes meses de Inverno terem sido os piores desde que me lembro de ser triatleta.



A Maratona essa valeu por inteiro a ida. Sem grandes treinos e ritmos, lanço a prova em ritmos lentos, e passo confortável à Meia com 1.38, ficando com a esperança que o "homem da marreta" não aparecesse tão cedo. Chegou exactamente 10km depois, numa fase em que pequenos erros nos abastecimentos aos 25km e 30km não me fizeram entrar as calorias suficientes para o combater. Os últimos 11km são sofridos, com altos e baixos, mas com a inteira noção que a meta estava garantida. Esteve às três horas e vinte e sete, coisa que não me orgulha especialmente, mas melhores dias virão. Espero que muito melhores. Agora sim começa a fase dos Triatlos. Um regresso ao fim de alguns anos de afastamento. Vamos ver o que vai dar.

quarta-feira, dezembro 31, 2008

Três Meses Cansado

São Silvetre dos Olivais - 30/Dezembro/2008
10km - 44.26




Sexta e última prova do mês, décima terceira desde finais de Setembro. Dezasseis meses de paragem deram numa fome enorme de fazer provas. Curtas, para não me cansar. Esta foi a última deste ciclo. Numa fase sem muito treino, mas a pensar já no ano de 2009, fechei este conjunto de provas com a corrida que mais vezes terminei, e cumprimindo calendário, deixo-me levar para o pior resultado alguma vez feito nos Olivais. Também não valia a pena andar mais, e desde cedo senti que a prova iria ser um sofrimento enorme se tentasse correr mais do que as pernas aguentavam, tendo optado por um ritmo um pouco mais vivo, mas que me levasse confortavelmente até à meta.
Pondo isto, vou entrar no novo ano a treinar, deixando de lado esta sangria de provas todo o fim de semana. Vou começar por meter agora quilómetros, em especial na corrida - com as maratonas que se avizinham -, mas também de ciclismo, se o tempo assim o deixar. Este será o ano em que me tornarei veterano, por isso tenho um só objecto e lema em mente: ser um velho o minimamente competitivo :)

domingo, dezembro 28, 2008

Os Dez da Asics

São Silvestre de Lisboa - 27/Dezembro/2008
10km - 41.58




Organizada por gente amiga do Triatlo, corro pela terceira vez em três fins de semana pela Avenida da Liberdade, desta vez num percurso sem diferenças de altimetria entre partida e chegada, mas também já com a gripe que me tem afectado debelada. Por esta razão, acabo por fazer melhor que nos dois fins de semana anteriores, não sofrendo demasiado o ritmo imposto, e quebrando apenas no km final. A chuva intensa que caiu todo o dia, irá parar precisamente a cinco minutos da partida, e apesar das ruas da baixa lisboeta estarem ainda encharcadas, eu e mais 1800 fazemos a prova sem água no corpo. Uma prova muito interessante, bem organizada e com um percurso em que nos vamos cruzando várias vezes com os outros participantes. Agora um descanso pequeno de três dias, para fazer a última do ano nos Olivais.

domingo, dezembro 21, 2008

Oportunidade Perdida - Parte II

Corrida dos 60 Anos do Metro - 21/Dezembro/2008
10km - 42.43




Com mais de metade do percurso igual à prova da AAL feita na semana anterior, esta semi-cópia acabou por ser também semelhante em termos de resultado (mais 17 segundos), uma vez que a gripe do início do mês ainda me vai afectando o andamento. A semana acabou por servir para tentar recuperar da doença, tendo feito apenas uma corrida pequena ontem, véspera da prova. Talvez por isso, o corpo começou bem cedo a dar indícios de que não estava para andar mais que aquilo, e acabei por lhe fazer a vontade, apenas ganhando um pouco de balanço já nos 2,5km finais de descida até aos Restauradores. Embora ligue pouco a estas coisas, fiquei impressionado com os prémios oferecidos pela organização, o que não deixa de ser um atractivo, se bem que esta prova sendo comemorativa, o mais certo é já não haver para o ano. Vamos agora ver como me safo nos próximos seis dias, duração que dista da próxima, os 10km da "nova" São Silvestre de Lisboa, desta vez sem desnível entre partida e chegada.

domingo, dezembro 14, 2008

Oportunidade Perdida

GP Natal - 14/Dezembro/2008
10km - 42.26





Faz agora dois meses, resolvi que esta seria a primeira prova em que iria atacar a barreia dos 40 minutos este ano. Uma prova com desnível entre partida e chegada (Colégio Militar - Restauradores), iria certamente facilitar-me a tarefa, mas há já muito que aprendi que nunca se deve levar nada como garantido. Entretanto fiz um mês de Novembro na treta, apanhei uma gripe no granizo de Samora Correia (que me deixou "KO" na Meia em Lisboa na semana passada), e a borrada está feita. Como se não bastasse, o dia frio e chuvoso deste GP do Natal, deixa-me de restos. Lá me valem os últimos 2,5 km a descer do Saldanha para os Restauradores, para me darem um resultado minimamente digno, senão ainda ia para cima dos 44. Resta dizer que faço este ano quase as minhas bodas de prata nesta prova: SIM PORRA, 24 ANOS! Foi em Dezembro de 1984, que me competi na minha primeira prova de atletismo. Tinha 15 anos, era juvenil de 1º ano, e fiz os 8,7km que distavam o Estádio da Luz da meta de hoje, e que eram até há alguns anos atrás a distância do GP do Natal.
Resta-me esperar que a semana que aí vem me sirva para recuperar, para repetir dose idêntica já no próximo Domingo nos 10km dos 60 do Metro.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Granizada Fresquinha



15km Samora Correia - 1/Dezembro/2008
15km - 1.06.32




Na minha sexta edição da prova, um mês de Novembro para esquecer em termos de treino, e um dia de cão para quem "se faz à estrada", foram atenuantes mais que necessárias para que o resultado estivesse longe daquilo que pretendia. Desta vez lanço-me mais lento, para não ter as quebras das últimas provas, e acabou por valer a pena, apesar de desiludido com o cronómetro. Com o percurso plano, estes quinze são das provas que mais gosto de fazer, não só porque se pode com mais facilidade controlar o que se anda, como as minhas costas não sofrem com o sobe e desce. Foi o que tentei fazer, apesar do granizo com que somos brindados pelo 7º km, e que deixa o alcatrão branco de gelo. Com o corpo molhado e gelado, lá faço a segunda metade a controlar o ritmo, e acabo por chegar folgado, já a pensar nos 21 do próximo Domingo, que gostava poderem ser 42. Estes ficarão lá mais para a frente...

domingo, novembro 23, 2008

10km no Lumiar


Corrida Luzia Dias - 23/Novembro/2008
10km - 42.55


Três semanas depois da muito sofrida prova da saude, vou a Lisboa correr mais outra bem sofrida. Com algumas falhas de treino nas últimas semanas, vejo-me a correr em bons ritmos, mas ainda sem qualquer base para lhes resistir por muito tempo. O tempo, um pouco pior do que a corrida do Tejo, não reflete somente a dificuldade da prova (e eu que nem sabia que havia por ali no Lumiar umas subidas), com alguns altos e baixos lixados, mas principalmente uma "dor de burro" como há muito tempo não me dava. E bem se pode apelidar a dor como a de um burro: tomar o pequeno almoço menos de duas horas antes da prova não foi de facto a melhor ideia!! Fica a minha estreia na prova - que ainda só vai na segunda edição -, e lembrar-me que a prova é uma homenagem à atleta da "casa" Luzia Dias, que ainda é atleta do Sporting, eu que por lá passei muito antes dela.

domingo, novembro 02, 2008

15 curtos




Corrida Pela Saúde - 2/Novembro/2008
14.2 km - 1.02.19




Se existem coisas que me irritam solenemente, são os erros grosseiros que se vão cometendo com as distâncias das provas que por cá se vão fazendo. No Triatlo há já muito me habituei à pouca competência em matérias de medição das provas (sendo que a natação é geralmente onde mais se falha), mas nas provas de corrida fui-me habituando ao facto de geralmente os percursos serem medidos com o cuidado de se efectuarem distâncias certas, sejam elas 10, 15, 20, meias, etc. O que aconteceu hoje numa prova programada, medida e marcada no alcatrão para 15km é uma dúvida que me estragou a ida à Amadora.
Não vou dizer que tive um mau dia como na semana anterior em Almeirim (onde deixei a prova a meio). Senti-me bem desde início, já a aproximar-me de ritmos mais interessantes: 4.10 para os primeiros 5km, depois uma quebra ligeira e só mesmo depois da passagem aos 11, vendo que o percurso estava "inquinado" e a prova mais curta, desliguei. Por que raio não seguiu a prova pelo percurso indicado e medido é justificação que não existiu. Acabo de ver no site da Xistarca que a prova foi um exito: QUE RAIO! COM MENOS DISTÂNCIA?? À mesma hora disputava-se a Tripla Légua em Vermoil e para o ano já nem vou pensar quais dos 15 km irei!!!
No final marco 1.02, que daria 1.05 aos 15km. Nada mau para quem ainda há seis semanas fez 1.13...

domingo, outubro 19, 2008

Na corrida da Nike


Corrida do Tejo - 19/Outubro/2008
10km - 42.33




Numa prova que sempre teve muito sucesso entre os atletas do pelotão, o factor Nike veio dar nos últimos anos uma qualidade superior à mesma, colocando-a entre as melhores que por cá se vão realizando. Para mim, fanático frequentador de provas mais calmas, a confusão da prova, com alguns milhares de atletas (e supostos...), deixa-me sempre apreensivo se deva ou não correr. Valeu a pena no entanto, pois não parti muito atrás, e passado alguns segundos já havia passado o tapete de partida e já ia em velocidade superior em relação ao que devia. Passo inclusivé à frente do tipo do balão "sub-40" aos 3km, que em outros tempos, estados de forma e peso, dificilmente se aproximaria. Dois minutos ganhos em relação à prova de Sesimbra faz duas semanas, o que não deixa de ser significativo. O objectivo é chegar rapidamente à frente de qualquer balão sub-40. Vamos ver se até final do ano...

domingo, outubro 12, 2008

Nopp


Meia Maratona da Moita - 12/Out/2008
21.095 m - DNF


Nada realmente para dizer. Chego ao 12,5 e vejo que será sofrimento a mais a ida até ao fim, para quem ainda tem pouco treino. A ajudar uma noite mal dormida (Ironman Hawaii na net até às 3 da matina), e uma moinha lombar que me chateia faz alguns dias. Fica para a próxima...

domingo, outubro 05, 2008

Ainda longe, mas bem mais perto


Corrida de Sesimbra - 5/Out/2008
10km - 44.45



Uma prova mais curta, para começar a tentar levar outros ritmos. Vou a Sesimbra correr esta prova pela primeira vez e acabo surpreendido com a prova, num percurso agradável apesar de algumas subidas que quebram o ritmo. No meu caso, o mesmo é mesmo quebrado é pela falta de treino ainda para este tipo de provas. Ainda faço os primeiros kms a pensar entrar na casa dos 42 minutos, mas acabei por notar que o melhor é deixar esse objectivo para daqui a duas semanas. Já tinha saudades de me misturar no meio desta maralha de gente sonhadora. É assim que quero continuar a seguir, com mais ou menos mazelas, que me vão atrasando a chegada dos eventos mais longos. Com um bocado de sorte lá estarei em Dezembro para mais um...

segunda-feira, setembro 29, 2008

16 meses


15km Benavente - 21/Set/2008
15km - 1.12.58



Parece que desta é de vez. Ao fim de 16 meses de não competição e muito pouco treino (inactividade mesmo...), volto a colocar um número numa camisola e lá me faço a uma provazita. Com 15km, Benavente foi a prova ideal para correr sem objectivos que não chegar ao fim. Dia de calor, o 21 não ajudou mesmo nada para quem esteve tanto tempo longe disto. Ainda tive de parar duas vezes, porque mesmo 15 km ainda são demais.
Felizmente agora não me falta vontade. Tenho treinado com alguma regularidade vai para mês e meio, e não fosse o problema lombar que me vai limitando, estaria já em velocidade de cruzeiro. O mesmo problema que me deixou de fora de Klagenfurt em 2007, somente a duas semanas do Ironman. Foi duro. Primeiro uma fase de três ou quatro meses para recuperar, em que mais não fiz senão visitar a piscina e ter cuidado com as viragens, mais tarde com o descrédito completo. Meses de inactividade. Passou o Inverno de 2007/2008, passou a primavera. A meio do Verão volta a ideia. Devagar desta vez. Que não seja mais que para terminar as aventuras novas que virão.

quarta-feira, maio 16, 2007

10km em "slowmotion"


Corrida das Pontes - Coruche (6/Maio/2007)
(+-)10km - 42.48


Foi um dia para esquecer. Saí bem, para um tempo a rondar os 39/40 minutos, e pensei que os podia fazer, mas uma noite anterior passada nas patuscadas (e cervejadas), logo a seguir ao primeiro "brick" em quase três anos, deixaram-me KO para a manhã deste Domingo. No final nem foi mau, pois a prova não tinha os 10km, por isso não ia servir de nada...

quinta-feira, maio 03, 2007

Porque um Gajo Também Trabalha



Corrida do 1ºde Maio - Lisboa (1/Maio/2007)
15km - 1.04.38


Em menos de uma semana, esta foi a terceira prova dentro de Lisboa, e a terceira vez que fazia o percurso Campo Grande-Restauradores, depois das Corridas da Liberdade e Metro. Desta feita a prova não tinha diferenças altimétricas entre partida e chegada, pois localizavam-se ambas no Estádio que dá nome à prova. Com uma longa subida na Almirante Reis, e ainda com os meus gémeos massacrados pelas últimas loucuras, faço-me à prova com os meus Adidas de treino (sim, desde que a Reebok deixou a tecnologia 3D, e a Adidas abriu o Outlet em Alcochete, nem vale a pena gastar dinheiro em mais lado nenhum...). Vou mais calmo desta vez, e nem sequer olho para o relógio, até à entrada na pista do Estádio, onde vejo que afinal a penosa subida de 4km que fizemos minutos antes, não estraga um boa performance, fazendo apenas mais 1 minuto que dois dias antes. Vou contente para casa, com os gémeos ainda mais doridos, mas com a consciência que devo continuar nas próximas semanas desta forma: "Race short, train long" .

Da Falagueira ao Rossio



Corrida do Metro - Lisboa (29/Abril/2007)
15km - 1.03.38


Com um traçado diferente do ano passado, e em bastante melhor forma que aquela que me levou a arrastar-me penosamente para 1.12 (!!) em 2006, a prova foi mais um teste às capacidades de correr 15km com duas situações em mente: um treino de quase 4h 30m de ciclismo menos de 24 horas antes, e a evidência de ter de me poupar o suficiente para correr outra vez 15km dois dias depois na prova do 1ºde Maio. Com um início um pouco lento, consigo já depois dos 10km aproveitar a longa descida até ao Rossio para ganhar algum tempo. No final, fica um enorme massacre nos gémeos, fruto de três provas em cinco dias, mas a evidência que estou no bom caminho, se não abusar e provocar alguma lesão. Apesar da prova parecer ter sido certificada, os 15km pareceram-me longos, e quem levou GPS marcou 15,3km... Terá realmente sido assim?

quinta-feira, abril 26, 2007

25 DE ABRIL SEMPRE!


Corrida da Liberdade - Lisboa (25/Abril/07)
10km - 42.16


Quase que parecia um relógio suiço: dois segundos apenas de diferença para os 10km corridos menos de 13 horas antes no Cartaxo. Apesar de algo amassado pela noite anterior, vou para a partida desta excelente prova, que liga a Pontinha aos Restauradores, com a motivação de que com apenas algumas semanas de treino, já consigo correr a um ritmo aceitável. Parto com a ideia de fazer desta feita a prova na casa dos 45', mas o percurso rápido, e ligeiramente a descer da parte final, dão-me animo para repetir o que havia feita horas antes.
Ao final de 22 anos (!!), volto a participar nesta prova, e não deixa de me provocar alguma saudade: esta foi uma corrida em que participei como juvenil de 1ª época, no longiquo ano de 1985. Nesse dia fui 4º na prova (que era mais curta), e ainda me lembro do atleta que disputou comigo esse lugar.
Além de tudo é importante "correr a liberdade". Que a data nunca seja esquecida...

Um sobe e desce ribatejano


Grande Prémio Rui Silva - Cartaxo (24/Abril/07)
10km - 42.14


Na primeira prova de 2007, estes 10km serviram apenas para ver até que ponto o corpo aguenta ao final de cinco semanas de treino decente. Num percurso de três voltas exigentes (a lembrar o GP da Azambuja, não muito longe...), aguento bem o ritmo imposto, e faço 10km sem grandes quebras. Uma noite interessante, e que me deixou com vontade de acordar na manhã a seguir, e ir correr mais outra igual...

Regresso

Ao fim de quase seis meses sem provas, e depois de muitos meses de apagamento em termos de treino, o final de Março fica marcado pelo regresso. Com o Ironman Austria somente a dois meses e meio de distância, e com mais treinos de que provas em que pensar, a ideia é levar os próximos tempos apenas com provas pequenas, uma forma de colocar alguma qualidade ao enorme volume de treino que já começa a despontar. Até Klagenfurt, que é dia 8 de Julho, não vai haver Maratonas, nem Triatlos médios, nem nada que vá muito acima da hora de duração. Na esperança de não deitar mais este Ironman por terra. Que a viagem para 2007 comece, que ainda falta muito até final...